sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Ego.

Uma doença presente
porém esquecida
que o consciente
te esconde e não te permite ver.
Egocentrismo
de um outro dentro de si
que não se revela
mas eu sei que existe
e te consiste.

Me consiste.
EU SOU!

Aliás, qual é o ser melhor do que o meu para afirmar isso? 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A transformação em robôs.

Pés calçados na calçada da vida
escondem seus calos,
calam seus desejos
de areia, pedra e lama.

Mãos enluvadas nos corrimões da vida
correm sem olhar pra trás.
Deixam outras mãos
sem dedos para entrelaçar,
e não há mais suor,
e não há mais contato - tato. 

Perda de sensibilidade,
lágrimas secarão. 
Não existirá motivos para choro.
Não haverá motivo algum.

Cotidiano que não te deixa viver
Proteção robotizada que não te permite sentir. 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Sem pressa e sem fim.

Para que ter paciência
se o mundo já tem
paciência demais por mim?

Com muita calma,
lesmas andantes
nas ruas do Rio de Janeiro
atrasam meus passos
travam meus compromissos.

Assim minha agitação acaba - rara,
e eu me acomodo como um comodo.

Deixo tudo pra lá,
puxo o freio de mão pra cá; 
estilo: "amanhã eu termino".
...

(poema inacabado) 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

De volta para o passado.

Me ensinaram que o importante
está no futuro;
que o escuro
não é assim tão relevante
para se ter medo.

O que eu mais quero, porém,
já não é nenhum segredo.
Meu desejo é fuçar o passado
virar e sacudir a melancolia 
e lembrar daquilo que já foi esquecido.

Lembranças destacadas
não as quero no momento,
quero o que está no fundo da mente,
sem instância 
na esquina do desaparecimento
sem nenhum brilho.

No escuro dos pensamentos,
é lá que eu quero chegar.
Quero meter o dedo na ferida
e abrir uma fenda na infinitude.

Quero relembrar os sentimentos mais doloridos,
e os mais sem significado
porque eu acredito
que é ali que se encontra
a essência de cada um. 

domingo, 24 de agosto de 2014

Larissa.

- poema dedicado à uma amiga - 


Ondas do mar, maresia que conversa com a areia.
Poeira que sobe no asfalto da rua, que trás consigo.
Delicada flor que abre com a luz do sol,
Que sorri ao dizer bom dia.

Corajosa menina que cuida do seu mundo,
Com seus suspiros profundos,
Evolui a cada noite ao balançar seus braços
Nos abraços do universo.

Estrelas a guiam a cada ano,
Nos movimentos dos astros
A menina deixa seus rastros
A cada lugar que passa.

Passa mas sempre volta,
Deixando carinho
E amor
E deixa um pedaço de si
Que eu guardo comigo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Esvaziar-se

Devidamente um nó se faz.
Carregando seus fios junto a ele
me puxa e me reproduz.

De vida, mente, engana, ilude, ludibria...
De vida, minha mente vive, esquece as bobagens
e cria uma alegoria. 

Vamos pular o carnaval!
Deixar a cabeça vagar, esvaziar...

Encontrar outros fios
e como um encontro de repente
um nó se faz novamente.

Renova-mente. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Acabando com o mundo preto e branco

O cravo brigou com a rosa
e dessa relação surgiu uma pequena espinha
na cor azul.
O girassol de Van Gogh 
não quis mais ficar estático,
e para não permanecer apático,
saiu do seu próprio quadro. 

Estava montando o meu jardim
e resolvi me aproveitar da situação. -Caos
Peguei todos esses problemas e
propus uma solução.

Para colorir o meu teto de tédio,
coloquei o azul.
A pequena espinha gerada, virou o meu sol. 
Para não ter mais briga,
- e estragar a cantiga - 
o cravo e a rosa ficaram separados,
o girassol, afortunado,
ficou no meio e 
conseguiu um romance.
Dona Rosa que não era boba, 
logo lhe jogou um chamego. 

E enfim eu montei meu pequeno "Éden" 
acabando com o meu mundo preto e branco,
opaco. 

E dessa maneira eu acabo esse poema
explicando como o ser humano 
pode ser oportunista 
para agradar os próprios fins,
mas ao mesmo tempo caridoso. 

domingo, 17 de agosto de 2014

Provas de um amor que se desmanchou

Pétalas decoram o chão da rua.
Algum romance passou pela avenida,
Fez sua caminhada e para dizer que não foi em vão, 
deixou suas rosas desmanchadas.

Bem me quer ou mal me queira.
Tudo é melhor do que não me querer de jeito nenhum.

Blusas desgastadas
jeans rasgados,
são provas do que ficou marcado
Como o meu batom no seu colarinho
Que você fez questão de lavar.


E tudo se igualou à roupa suja.